“Gostaria que o Porto2001 fosse visto como uma floresta de cultura, e não apenas uma árvore”, lembro-me de ter escrito no desenho que ofereci a um velho amigo e artista da nossa capital. Talvez o Porto2001 não fosse um mero acontecimento, um acto isolado, uma manifestação perdida sem continuidade. Estava a desenhar um conjunto de “Árvores” para construir a paisagem visual e cénica da orquestra e que me permitisse, ao mesmo tempo, corrigir, como se fosse uma concha acústica, o som na grande sala do Coliseu do Porto. Novamente, novos materiais, novas articulações e liberdades, experimentação e busca de inovação.É sempre importante conhecer outras realidades para abordar a nossa realidade. Da Arquitectura importo a organização, do Design as variações cromáticas, da Engenharia a direcção dos holofotes e da construção as propriedades dos materiais, do desenho a vontade de comunicar e porque não, de passar uma mensagem!