“Por vezes parece que te conheço…
Quando olho para ti através de mim
Calmos olhos que me fitam
Seguros, parecem de si
Mas não conheço, afinal.
Todo o passo é silêncio
Instinto que nos chama.
Sem abrigo de uma casa
A Minha,
Amiga,
Quase indigente.
Não são grandes as tuas pressas,
Quando permaneces por aqui
Todos os teus passos são silêncio
Lestos movimentos,
Privilégios domicílios,
Entre a serenidade e a sedução,
Ronronas-me,…
Um gosto leve, um sol quente,
Um lugar que se constrói… um breve aconchego,
Um repouso absoluto,

Uma inveja fatal!”

Nuno Lacerda Lopes